terça-feira, 30 de abril de 2013

Um domingo cheio (Parte 1/2)!

Ok, ok! Deixei o blog de lado um tempinho. Já? Pois é... eu tô numa cidade nova, com um monte de coisa pra descobrir, então nem é tão inesperado assim, né? Mas eu vou tentar manter um ritmo de pelo menos duas postagens semanais, mas isso não é uma promessa.

Bom, vamo lá! Vou começar esse post com um preview do próximo: Domingo eu e Mi fomos a um dos lugares mais incríveis que eu já conheci, o Royal Botanical Gardes, Kew (com link pro site oficial e pra wikipedia em português). A parada é tão incrível que a gente virou sócio e temos livre acesso por um ano! Awyeah! Mas vamos voltar pro post que eu tô devendo!

Bom, um domingo desses (dia 14, eu acho) a gente foi pro centrão histórico pela primeira vez. A ideia era ir até a London Eye, mas acabou sendo um pouquinho mais do que isso. Primeiro, pegamos o metrô pra estação de Waterloo, que é um espetáculo de linda. Arquitetura vitoriana e o escambau! Ó só:


Clássico é pouco, diz aí!

Por falar em arquitetura, o centro é muito louco. Quando o Otoni morou por aqui, arquiteto que é, imagino que deva ter pirado por conta disso. Prédios cheios de história convivem com modernidade pós-tudo numa boa, mas depois eu falo mais sobre isso.

Como já era perto de meio dia (a gente mora longe do centro, pô!) fomos almoçar, e o escolhido foi um pub chamado The Firestation, uma estação de bombeiros desativada que foi preservada e virou um pub. Bacana, bem frequentada por locais e tem uma vibe legal. O rango não foi nada de mais, mas tá valendo...

Ó o Pub aí. E, infelizmente a resposta é não, não tem o postinho pros bombeiros escorregarem. :/

Andamos. É um execício bacana, andar no centro de uma cidade tão antiga. você tá lá de bobeira e se depara com um Pub que foi frequentado pelo William Shakespeare e que foi citado por trocentos outros escritores, em livros que são considerados clássicos da literatura bretã.


A data na placa não é da primeira fundação do pub, e sim da reconstrução dele após o incêndio que destruiu o centro de Londres nessa época. A construção original é de 1400 e carregar pela boca.



A vitrine onde são expostos os livros contando a história do local. Onde mais cultura e cerveja estão tão próximos???



No The George nós não consumimos nada e continuamos a caminhada. Eis que nos deparamos (de novo, de surpresa) com a Catedral de Southwark, essa coisa novinha aqui, ó:


Fachada com o relógio. Bonitona ela, né não? Mais gótica, só se passar pó de arroz e pintar o olho de preto. E chorar o dia inteiro.



Entrada Lateral. Estava rolando um Service (tipo missa, mas eles são anglicanos, então o termo não é missa, e nem culto, sei lá).

Esse vitral aí embaixo é parte de um memorial à tragédia de Marchioness, que aconteceu ali perto. A história é triste, mas o vitral é bonitão!


Olha só, o Memorial em si:


Outro memorial que tem lá dentro é o memorial (e o túmulo) do poeta John Gower, que eu não sabia quem era até olhar na Wikipedia agora a pouco. Olha você também! É aqui, ó, e tá em português! 



Legal, né? Bom, tão legal quanto um túmulo pode ser, eu acho...

O que não consta na Wiki brazuca e que é legal saber é que ele é considerado o primeiro poeta da língua inglesa, porque antes dele só se escrevia poesia em latim ou em francês. Legal, né? O memorial é bem bacana, e as policromias (as pinturas) foram preservadas usando técnicas da época!

A arquitetura do lugar é show de bola, os arcos em ogiva dão um visual muito bacana, olha só:


E o horizonte é torto por lá, como você pode reparar nesta fotografia super bem tirada.

E tem um órgão de tubo que eu quero ver funcionando, eventualmente!



Feito em 1897! Coisa linda!

E pensam que acabaram-se os memoriais? Nada disso. Provavelmente o mais visitado de todos os que rolam lá em Southwark é o memorial do Shakespeare! Não, ele não tá enterrado lá. Mas olha só que bacana:


Mi, ao lado da estátua do escritor/dramaturgo/taurino/ídolo dela



O memorial completo, com estátua, vitral e o escambau!



Detalhe do vitral, que diz "As torres cobertas de nuvens, os deslumbrantes palácios, os templos solenes e o próprio grande globo, tudo se dissolverá, assim como esse espetáculo sem substância desbotou sem nenhum tormento deixar." - William Shakespeare em The Tempest


Beleza, agora que a gente já esmiuçou a igreja eu percebi que o post tá ficando muito grande e tem muito domingo pela frente ainda, essa fica sendo a parte 1 de 2. Próximo post eu continuo a aventura!

E como é uma continuação, não tem preview! Abraço e até loguinho!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Novo velho mundo, novo velho eu.

Pois é. Como me disse uma vez meu brother Capacle sobre guitarras, é fácil se acostumar com o que é bom, né não?

Hoje eu, londrino há apenas catorze dias, já me sinto ligeiramente em casa. Claro que coisas no Brasil me fazem falta. Meus amigos, minha família, minha mãe, meus irmãos. Minha gente me faz falta. Duas semanas e parece um tempão, já.

O sol brasileiro também me faz falta. O vento aqui corta, o sol de primavera é pálido e cinzento. A luz é linda, mas não aquece. O tordo, o corvo, o blackbird de Paul McCartney não substituem o sabiá, o bem-te-vi, a curruíra e o joão de barro (eu te entendo agora).

Ter um carro, necessidade básica duas semanas atrás, me parece agora o mais dispensável dos luxos. A saudade das duas rodas eu vou matando com a bicicleta, o mais caro dos luxos a que eu me permiti. Aliás, bicicletas são relativamente caras por aqui, mesmo! Mas divago.

Aprendi a limpar, a cuidar das minhas coisas, a não ser um peso. Descobri que é chato quando quem está na mesma casa não parece ter o mesmo cuidado que você com o bom estado das coisas. Ingleses não são exatamente as criaturas mais limpas do planeta, pelo menos no tocante à casa e exclusivamente no meu microcosmo.

Mas por falar nisso, por uma das muitas lufadas de sorte que sopraram sobre a gente, eu e Mi estamos dividindo o apartamento com duas pessoas bem bacanas, uma inglesa que é quase uma caricatura do povo britânico. Imagina uma jovem inglesa. Imaginou? É a Jennifer. Lembra daquela noiva inglesa do Ross, em Friends? Então... Ela é um tanto fechada e reservada, conforme o esteriótipo cultural depõe, tem suas manias e seus defeitos, como todos nós, mas é simpática e receptiva com as diferenças.

O Nour Hussain é, adivinha só? Egípcio! Pelo nome você nunca diria, certo? Cara gente boa, pelo menos nos 2 primeiros dias. Não que tenha acontecido alguma coisa depois disso que tirou o mérito dele, mas é que ele foi viajar pra algum país que eu não me lembro agora, e deve voltar só hoje à noite ou amanhã. Ele trabalha na mesma empresa da Mi, e nas duas primeiras noites dividiu conosco sua pizza congelada e cozinhou um macarrão com frutos do mar (bem bom, aliás) pra gente. Sweet! Ah! E ele deu pra gente um marcador de livro feito de papiro e também um papiro com pintura de um ritual antigo e certificado de autenticidade. Olha a foto deles aí, ó:


Tá, eu sei que a foto tá uma desgraça, mas é porque minha máquina tá carregando a bateria 
e eu usei a webcam mesmo, então dá um desconto, o que conta é o gesto do egípcio!

Bacana, né? Eu ainda não tenho foto dos nossos colegas, mas eventualmente eu mostro eles por aqui.

Cenas do próximo post: Passeio pelo Stables Market, pela London Eye e fotos do Big Ben! Não perca!





quarta-feira, 17 de abril de 2013

Blog novo, vida nova!

Novo começo. Nada mais justo que começar do zero.

Novo blog, novo texto. Aqui eu vou falar, com a minha ótica peculiar, sobre Londres, a vida, as diferenças, as pessoas, os lugares, as impressões.

E mais do que isso, vou falar sobre mim, tendo a quase bi-milenar cidade (fundada como Londinum, aproximadamente em 43 D.C., pelo que me consta) como pano de fundo. E que pano de fundo!

Cabe ressaltar que a Mi será convidada a escrever, e terá livre acesso ao conteúdo deste blog, se assim o quiser, afinal essa é uma experiência que estamos compartilhando, me parece justo compartilharmos os relatos, mas eu ainda não falei com ela. Em princípio, por mim, fica assim. Textos meus, textos dela, textos co-autorais, numa freqüência e tamanhos que derem vontade. Provavelmente um monte de fotos pra ilustrar, mas isso não é uma promessa, vamos ver no que dá...

Okay, se assim tá combinado, valendo, um dois três e já!